domingo, 3 de novembro de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Não?!
De tudo o que eu preciso, acho que o que eu preciso mais é de tranquilidade.
Tranquilidade para ser eu.
Sem precisar acompanhar o ritmo do mundo, o respirar da humanidade, a marcha pra um destino (in)certo.
Queria mesmo poder jantar chocolate e conversar com um amigo de verdade e me sentir curada.
Só me sinto melhor, o que já é muito em alguns dias.
Observando a confiança alheia, entendi brevemente o que sempre procurei.
Fico feliz em saber que ao menos existe!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Amor à primeira vista
Ambos estão certos
de que uma paixão súbita os uniu.
É bela essa certeza,
mas é ainda mais bela a incerteza.
Acham que por não terem se encontrado antes
nunca havia se passado nada entre eles.
Mas e as ruas, escadas, corredores
nos quais há muito talvez se tenham cruzado?
Queria lhes perguntar,
se não se lembram -
numa porta giratória talvez
algum dia face a face?
um “desculpe” em meio à multidão?
uma voz que diz “é engano” ao telefone?
- mas conheço a resposta.
Não, não se lembram.
Muito os espantaria saber
que já faz tempo
o acaso brincava com eles.
Ainda não de todo preparado
para se transformar no seu destino
juntava-os e os separava
barrava-lhes o caminho
e abafando o riso
sumia de cena.
Houve marcas, sinais,
que importa se ilegíveis.
Quem sabe três anos atrás
ou terça-feira passada
uma certa folhinha voou
de um ombro ao outro?
Algo foi perdido e recolhido.
Quem sabe se não foi uma bola
nos arbustos da infância?
Houve maçanetas e campainhas
onde a seu tempo
um toque se sobrepunha ao outro.
As malas lado a lado no bagageiro.
Quem sabe numa noite o mesmo sonho
que logo ao despertar se esvaneceu.
Porque afinal cada começo
é só continuação
e o livro dos eventos
está sempre aberto no meio.
Wislawa Szymborska
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
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